minha voz grita
a distância que seus cabelos
cantam fogos ateados.
o grito bate nos cabelos,
voz de fogo ardendo púrpura em sua
boca que guarda esse meu grito oco.
longe.
o desespero queima as idades,
meu grito estancado no vento
onde seus cabelos deitam
carícias que minha voz guarda silêncios.
– seus cabelos de rosáceas mudas.
grito o desespero oblíquo de não tocar-me
os seus cabelos que não
me batem luzes líquidas
a sua boca que guarda
em mim o teu silêncio
– grito que seus cabelos em minha boca
sepulta
o que de ti me calo
Um comentário:
Vim por sugestão da Mar Becker. Não me arrependi. Que belíssimos poemas encontrei!
Abraço, Lara.
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