quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os fogos

minha voz grita
a distância que seus cabelos
cantam fogos ateados.

o grito bate nos cabelos,
voz de fogo ardendo púrpura em sua
boca que guarda esse meu grito oco.

longe.

o desespero queima as idades,
meu grito estancado no vento
onde seus cabelos deitam
carícias que minha voz guarda silêncios.
– seus cabelos de rosáceas mudas.

grito o desespero oblíquo de não tocar-me

os seus cabelos que não
me batem luzes líquidas
a sua boca que guarda
em mim o teu silêncio

– grito que seus cabelos em minha boca
sepulta

o que de ti me calo

Um comentário:

Anônimo disse...

Vim por sugestão da Mar Becker. Não me arrependi. Que belíssimos poemas encontrei!

Abraço, Lara.