domingo, 13 de junho de 2010

De Eugénio de Andrade

Nada.

Nem o branco fogo do trigo
nem as agulhas cravadas na pupila dos pássaros
te dirão a palavra.

Não interrogues não perguntes
entre a razão e a turbulência da neve
não há diferença.

Não colecciones dejectos o teu destino és tu.

Despe-te
não há outro caminho.

Um comentário:

Theodora Romanbella disse...

D.,

terminastes o caderno vermelho, caderno-húmus?

Patrícia