há uma vocação dentro do nome.
e cada grito são flores saídas dos lábios
quando a noite ainda é aceno.
há uma vocação. e os ventos
nos mexem o alfabeto segredado
no mais fundo acima da terra.
era noite. e os nomes evocavam a vida.
a morte era ainda a criança vindoura
que gritava sua luz rupestre.
as mãos trabalhavam no nome a sua vocação.
mãos femininas designando o desejo,
pairando sobre as cabeças consteladas.
há uma vocação dentro do nome. e todas as letras,
guardadas ao fundo de outras vozes,
evocam cores segredadas no infinito